O processo de emagrecimento exige uma reestruturação não apenas dos hábitos alimentares, mas também do estilo de vida. Contrariando o desejo de muitos, que gostariam que as mudanças fossem imediatas, estas geralmente se dão de forma gradual.
Um estudo realizado pela University of Rhode Island descreve a existência decinco fases pelas quais passam aqueles que almejam o emagrecimento. Compreender estas fases permite ao indivíduo avaliar o período de mudança em que se encontra e melhor organizar-se para alcançar seus objetivos.
O primeiro estágio é aquele em que a pessoa não reconhece a necessidade de mudança e a busca de ajuda se dá mais pela pressão de familiares e amigos do que pelo desejo pessoal. Este é o período em que as intervenções médicas e terapêuticas surtem menos efeito, pois não se pode contar com o esforço do paciente.
A pessoa só deixa esta fase e passa para o estágio seguinte quando é capaz de refletir sobre si mesma e sobre seu problema e começa a sentir-se insatisfeita com sua condição.
O estágio seguinte tem início no momento em que o indivíduo sente necessidade de superar sua dificuldade, mas não consegue ainda comprometer-se com a mudança. Há um embate interno entre manter a satisfação gerada pelos alimentos ou privar-se de parte deste prazer. Aqui deve-se buscar compreender os fatores de ordem prática ou de ordem emocional (por ex. uso do alimento para alívio de tensões) que podem estar dificultando o início da ação. Neste momento, o auxílio de profissionais como psicólogos e nutricionistas faz-se muito importante.
A próxima fase é aquela em que se começa a dar os primeiros passos rumo à mudança, mesmo que ela ainda não seja total. Aqui a pessoa começa a fazer exercícios ou a comer um pouco menos, mas não segue à risca as normas propostas e os resultados não ocorrem como desejado.
Neste estágio, um dos pontos mais importantes é a formação de uma rede de apoio que permita a troca de experiências com aqueles que conseguiram reeducar sua alimentação.
Esta interação possibilita que se compartilhe estratégias sobre como seguir o programa físico e alimentar de forma mais eficiente, além de oferecer ao indivíduo o incentivo de que necessita pra seguir em frente. Aqui o apoio profissional é também importante, pois oferece informações e orientações práticas que auxiliarão na adoção de novos hábitos.
A quarta fase é aquela em que a mudança de atitude finalmente ocorre. Aqui a pessoa passa a adotar estratégias que ajudem a mantê-la longe das tentações: guarda os alimentos longe de seu campo de visão, não vai ao supermercado sem uma lista de compras previamente definida, evita comer enquanto realiza outras atividades, enfim, age de forma a colaborar com seu emagrecimento.
É neste momento que a pessoa recebe o reconhecimento daqueles à sua volta e sente-se entusiasmada com seu desempenho. Após estas conquistas, a última fase é a de manutenção onde todos os hábitos adotados devem continuar a serem seguidos. Para isto é muito importante que o indivíduo consiga organizar sua rotina e seu ambiente de forma a facilitar que os comportamentos desejados perpetuem.
Tão importante quanto reconhecer em que estágio de mudança cada pessoa se encontra, é saber que estes estágios podem ser interrompidos por recaídas, durante as quais ocorre uma regressão a uma fase anterior. Mas isto não significa que tudo está perdido: as recaídas não devem ser vistas como um fracasso consumado, mas sim como uma oportunidade de aprendizado para que se evite erros futuros. Caso as recaídas sejam muito frequentes ou caso a pessoa sinta que o processo de mudança de hábitos está sendo impedido por barreiras intransponíveis, a consulta a um profissional especializado se faz indicada.
Fonte: Cyberdiethttp://www.maisqualidadedevida.com.br/mudanca-de-habito/
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