Boa noite meninas...
Depois de uma semana perfeita... uma sexta feira, um sábado e um domingo são capazes de acabar com a dieta de qualquer pessoa... a sexta foi um problema alcoólico, no sábado... chocolates... e domingo massa... e torta de limão.
Estou me sentindo muito mal...
Eu bebi 4 margaritas e 2 tequilas... tive um ataque de choro... e percebi que estava entrando num ataque de nervos... passei o sábado de ressaca alcoólica e moral... parecia que um caminhão tinha destruído meus sonhos... resultado: mandei um e-mail para o Ricardo!! E tentei ligar para ele no sábado a tarde... e no domingo de manhã.
Alguém pode me dizer o que faz uma mulher de 32 anos, que conseguiu ficar 1 mês inteiro sem falar com o cara, sem ficar bisbilhotando google talk pra saber se ele estava on line... do nada ter uma crise de "abstinência" e querer desesperadamente falar com ele??
Meu celular pirou e apagou um monte de contatos... entre eles, ele. Descobri que até do meu e-mail ele tinha sumido... juntamente com o número do celular... seria um presságio? Uma ajuda divina? Não sei, mas descobri que o google recupera os contatos com um clique... e ele estava de volta na minha lista... com telefone e tudo.
Senti necessidade de falar com ele. Fiquei angustiada. Entrei em pânico. Mas o celular dele deu caixa postal, nas duas vezes que liguei para ele. Repito: seria um presságio? Uma ajuda divina? Meu carma?
Acho que minha amiga tinha razão, o Ricardo se tornou minha obsessão. E isso não é bom. A parte boa é que eu tinha controlado isso de forma bem adulta, até sábado de manhã. De repente, tudo voltou ao ponto de onde paramos, quando ele me deu o fora.
Hoje eu ainda acordei sentindo a ressaca... mas a ressaca do ataque de nervos, da recaída pelo fantasma que me atormenta. E decidi não lutar mais contra isso. Vou deixar ele entrar e sair da minha cabeça quantas vezes for necessário, até que ele não tenha mais importância.
Não adianta querer fugir do que se sente.
A possibilidade de me divertir para valer num lugar novo e cheio de possibilidades me fez sentir medo.
E ainda tenho o medo de conhecer meus colegas de trabalho com quem falo no telefone. Reencontrar meu chefe e conhecer o "chefão". Será que eles vão gostar de mim? Será que vou me sair bem nesse novo desafio?
Talvez o medo de enfrentar essa viagem e enfrentar meus medos tenham me feito pensar no Ricardo. Se ainda estivéssemos nos falando com regularidade eu poderia contar para ele sobre a minha ansiedade. Não sei porque mas, eu gostava de conversar com ele sobre essas coisas. Não me importava se ele iria me achar fraca ou medrosa, ou pior ainda, imatura. Conversar com ele sempre me acalmava.
Eu amo meus amigos. Mas descobri que não posso reclamar nem do meu shampoo caríssimo que foi ralo à baixo quando minha mãe derrubou ele no chão. Sim, eu tinha acabado de comprar, e quando soube que me restavam somente 2 dedos de shampoo no vidro... eu senti vontade de chorar. Mas meus amigos não entendem isso. Eu posso contar para eles os meus problemas, desde que isso não me faça chorar.
Parece que eu mudei de amigos, mas meus amigos ainda não conseguem ouvir o que tenho a dizer e muitos menos as coisas que tenho para lamentar.
Isso me faz pensar: seria eu muito pedante? Chata? Melodramática? O problema sou eu, ou os meus amigos? Será que eu só escolho pessoas incapazes de ouvir o que eu tenho a dizer sem me recriminar? Ou eu reclamo muito ao ponto de eles não se importarem mais?
A pessoa que mais tem me escutado é meu professor de ioga. Eu chego mais cedo e saio mais tarde para podermos conversar. Disse pra ele que eu tenho uma vida perfeita, uma família maravilhosa que sempre esta do meu lado, amigos legais, um emprego muito bom e que eu adoro. Talvez meu único problema seria o amoroso, mas também não é um problema. Acho que eu sou uma mulher normal, 32 anos, solteira e que não conseguiu encontrar uma pessoa para namorar. Eu não sou a única nessa situação. Então, não posso reclamar dela.
Bom, mas como tudo na vida tem seu lado bom (Polyanna ataca novamente), eu tiro algumas lições do final de semana: beber não vai me fazer mais feliz, embora eu fique ainda mais engraçada; não adianta eu fugir do Ricardo, ele sempre estará na minha conta do google esperando um clique para se fazer presente; não adianta reclamar com meus amigos, minha vida sempre será perfeita demais para eles para que eu possa chorar por um shampoo caro.
Quanto a viagem para São Paulo, bom, vou fazer meu primeiro voo noturno e adoraria sentar na janela, mas eu não sei se isso vai acontecer, já que os lugares só serão confirmados após o check-in. Vou precisar de uma bolsa nova, e umas roupas também. Já marquei o retoque de raiz e vou fazer as unhas na melhor manicure de Rio Verde.
Sou linda, loira, legal, inteligente e tenho certeza de que meus chefes me adorarão. Eu só preciso ser eu mesma, e tudo vai dar certo. Foi assim quando fui contratada e estou com eles desde então.
Recomeço minha dieta amanhã. E essa semana vai ser perfeita... pelo menos até eu desembarcar em São Paulo na sexta a noite... minha prima vai me levar no bar preferido dela... sábado, mercadão paulista, domingo Paulista e mais um restaurante árabe.
Bom, a semana só esta começando. Então... enjoy!!
Depois de uma semana perfeita... uma sexta feira, um sábado e um domingo são capazes de acabar com a dieta de qualquer pessoa... a sexta foi um problema alcoólico, no sábado... chocolates... e domingo massa... e torta de limão.
Estou me sentindo muito mal...
Eu bebi 4 margaritas e 2 tequilas... tive um ataque de choro... e percebi que estava entrando num ataque de nervos... passei o sábado de ressaca alcoólica e moral... parecia que um caminhão tinha destruído meus sonhos... resultado: mandei um e-mail para o Ricardo!! E tentei ligar para ele no sábado a tarde... e no domingo de manhã.
Alguém pode me dizer o que faz uma mulher de 32 anos, que conseguiu ficar 1 mês inteiro sem falar com o cara, sem ficar bisbilhotando google talk pra saber se ele estava on line... do nada ter uma crise de "abstinência" e querer desesperadamente falar com ele??
Meu celular pirou e apagou um monte de contatos... entre eles, ele. Descobri que até do meu e-mail ele tinha sumido... juntamente com o número do celular... seria um presságio? Uma ajuda divina? Não sei, mas descobri que o google recupera os contatos com um clique... e ele estava de volta na minha lista... com telefone e tudo.
Senti necessidade de falar com ele. Fiquei angustiada. Entrei em pânico. Mas o celular dele deu caixa postal, nas duas vezes que liguei para ele. Repito: seria um presságio? Uma ajuda divina? Meu carma?
Acho que minha amiga tinha razão, o Ricardo se tornou minha obsessão. E isso não é bom. A parte boa é que eu tinha controlado isso de forma bem adulta, até sábado de manhã. De repente, tudo voltou ao ponto de onde paramos, quando ele me deu o fora.
Hoje eu ainda acordei sentindo a ressaca... mas a ressaca do ataque de nervos, da recaída pelo fantasma que me atormenta. E decidi não lutar mais contra isso. Vou deixar ele entrar e sair da minha cabeça quantas vezes for necessário, até que ele não tenha mais importância.
Não adianta querer fugir do que se sente.
A possibilidade de me divertir para valer num lugar novo e cheio de possibilidades me fez sentir medo.
E ainda tenho o medo de conhecer meus colegas de trabalho com quem falo no telefone. Reencontrar meu chefe e conhecer o "chefão". Será que eles vão gostar de mim? Será que vou me sair bem nesse novo desafio?
Talvez o medo de enfrentar essa viagem e enfrentar meus medos tenham me feito pensar no Ricardo. Se ainda estivéssemos nos falando com regularidade eu poderia contar para ele sobre a minha ansiedade. Não sei porque mas, eu gostava de conversar com ele sobre essas coisas. Não me importava se ele iria me achar fraca ou medrosa, ou pior ainda, imatura. Conversar com ele sempre me acalmava.
Eu amo meus amigos. Mas descobri que não posso reclamar nem do meu shampoo caríssimo que foi ralo à baixo quando minha mãe derrubou ele no chão. Sim, eu tinha acabado de comprar, e quando soube que me restavam somente 2 dedos de shampoo no vidro... eu senti vontade de chorar. Mas meus amigos não entendem isso. Eu posso contar para eles os meus problemas, desde que isso não me faça chorar.
Parece que eu mudei de amigos, mas meus amigos ainda não conseguem ouvir o que tenho a dizer e muitos menos as coisas que tenho para lamentar.
Isso me faz pensar: seria eu muito pedante? Chata? Melodramática? O problema sou eu, ou os meus amigos? Será que eu só escolho pessoas incapazes de ouvir o que eu tenho a dizer sem me recriminar? Ou eu reclamo muito ao ponto de eles não se importarem mais?
A pessoa que mais tem me escutado é meu professor de ioga. Eu chego mais cedo e saio mais tarde para podermos conversar. Disse pra ele que eu tenho uma vida perfeita, uma família maravilhosa que sempre esta do meu lado, amigos legais, um emprego muito bom e que eu adoro. Talvez meu único problema seria o amoroso, mas também não é um problema. Acho que eu sou uma mulher normal, 32 anos, solteira e que não conseguiu encontrar uma pessoa para namorar. Eu não sou a única nessa situação. Então, não posso reclamar dela.
Bom, mas como tudo na vida tem seu lado bom (Polyanna ataca novamente), eu tiro algumas lições do final de semana: beber não vai me fazer mais feliz, embora eu fique ainda mais engraçada; não adianta eu fugir do Ricardo, ele sempre estará na minha conta do google esperando um clique para se fazer presente; não adianta reclamar com meus amigos, minha vida sempre será perfeita demais para eles para que eu possa chorar por um shampoo caro.
Quanto a viagem para São Paulo, bom, vou fazer meu primeiro voo noturno e adoraria sentar na janela, mas eu não sei se isso vai acontecer, já que os lugares só serão confirmados após o check-in. Vou precisar de uma bolsa nova, e umas roupas também. Já marquei o retoque de raiz e vou fazer as unhas na melhor manicure de Rio Verde.
Sou linda, loira, legal, inteligente e tenho certeza de que meus chefes me adorarão. Eu só preciso ser eu mesma, e tudo vai dar certo. Foi assim quando fui contratada e estou com eles desde então.
Recomeço minha dieta amanhã. E essa semana vai ser perfeita... pelo menos até eu desembarcar em São Paulo na sexta a noite... minha prima vai me levar no bar preferido dela... sábado, mercadão paulista, domingo Paulista e mais um restaurante árabe.
Bom, a semana só esta começando. Então... enjoy!!
ainda estou aqui... pode chorar por um shampoo caro... só basta chamar....
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